par, 2013
fotografia
série composta por 11 imagens
impressão fine arts jato de tinta pigmentada sobre papel algodão
dimensões sugeridas, igual ou superior a 140 x 210 cm
“O par se distingue do casal porque não marca uma conexão fortuita
e arbitrária, mas o encontro e acompanhamento constante
de duas coisas que necessariamente andam juntos[1].”
Lafaye
“Neste trabalho realizado na Serra do Mar, Mata Atlântica do Brasil,
apresento um ecossistema refletido, duplicado e dividido
pelo seu espelhamento na água.
Uma reflexão sobre meu ‘estar no mundo’.
Pelas imagens, procuro mostrar uma forma de alteridade que está no cerne da noção de “ser” – (soi / self) que define uma consciência.
Por natureza, o “ser” é um “eu refletido” (reflexivo);
como a sintaxe claramente indica e, em particular,
o rigor lógico da sintaxe latina.
O “eu” não faz sentido sem a existência do outro.
Em outros termos: o “eu” ‘se refere’,
mas se refere precisamente como sujeito em relação ao outro.
Indica uma relação do sujeito consigo mesmo e uma abertura ao outro.” [2]
[1] Lafaye, Dictionnaire Des Synonymes De La Langue Française, Paris, Hachette, 1858, p. 476. [tradução nossa]
[2]Jean-Paul Sartre, L’Être et le Néant, Essai d’ontologie phénoménologique, Paris, Gallimard, 1943